Lição 11 - Ele não está aqui!

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A História de Jesus

Ele não está aqui

MATEUS 28, ARC

v.1  E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.

v.2  E eis que houvera um grande terramoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.

v.3  E o seu aspeto era como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve.

v.4  E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados e como mortos.

v.5  Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado.

v. 6 Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia.

v. 7 Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito.

v. 8 E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.

v. 9 E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés e o adoraram.

v. 10 Então, Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão à Galileia e lá me verão.

A história à lupa

Mateus 28:5-8 Ressurreição – Doutrina central da fé e da teologia cristã.

Mesmo se considerada por muitos como um dos elementos mais difíceis de crer, a ressurreição é a doutrina central da fé cristã. A crença numa suposta imortalidade da alma, amplamente difundida no mundo cristão, tem afetado a centralidade da ressurreição, mas o testemunho bíblico coloca-a inevitavelmente como a verdade histórica que dá sentido à vida de Cristo e à fé dos que crêem n'Ele. Se Cristo não ressuscitou, já dizia o apóstolo Paulo, “somos mentirosos”, “vã é a nossa fé”, “vã é a nossa pregação” e somos os mais “infelizes de todos os homens” 1 Coríntios 15:14-19. Quão credível é a ressurreição? Para quem crê no testemunho dos apóstolos, registado na Bíblia, nada explica de forma tão coerente e satisfatória a ausência do corpo de Jesus e o extraordinário ressurgimento do Cristianismo a partir de um pequeno grupo de seguidores desapontados.

A história à lupa

Mateus 28:1, Mateus 28:5 Comportamento vergonhoso

Uma história inventada não exporia os discípulos tão vergonhosamente como os Evangelhos o fazem. Ninguém compreendeu o que iria acontecer com Jesus na Sua morte Lucas 18:31-34; Lucas 24:11, e, quando aconteceu, fugiram todos Marcos 14:50. Um traiu e outro negou Jesus Mateus 26:14-16; Mateus 26:48-49; Lucas 22:54-62. Os que pareciam estar prontos para dar a vida por Ele Mateus 26:35 tornaram-se descrentes Lucas 24:37 e esconderam-se numa casa João 20:19. Depois da ressurreição, nem mesmo o testemunho das mulheres foi suficiente para mudar a sua incredulidade Marcos 16:1-11. O que poderia mudar esta realidade? A falsidade de uma mentira inventada, sobre a ressurreição do Mestre, fá-los-ia mudar radicalmente de atitude?

A história à lupa

Testemunhas da ressurreição

A ideia de que Jesus não teria afinal morrido verdadeiramente coloca em causa o profissionalismo daqueles soldados, que já tinham participado em tantas crucificações João 19:31-37. Mas, admitindo que pudesse ser verdade, depois de tudo o quanto Jesus passou, rebolaria uma pedra tão grande e faria frente aos guardas armados? Não seria Ele novamente preso? Nem com a ajuda de todos os Seus discípulos poderia fazer face aos soldados, que pagariam com a própria vida uma atitude menos profissional. E caso tivessem mesmo conseguido roubar o corpo, supondo, por exemplo, que os soldados estivessem a dormir, quem poderia garantir que tinham sido os discípulos a fazer o roubo? (Mateus 28:11-15.) E, se roubaram o corpo, porque não foram então presos e mortos em consequência? Deixariam os Romanos passar tamanha afronta sem punição? E os Judeus não o exigiriam?

Os Evangelhos reportam, de forma exata, e em diversas ocasiões, os que foram testemunhas da ressurreição de Jesus: Maria Madalena Marcos 16:9; João 20:11-18; as outras mulheres Mateus 28:8-10; o apóstolo Pedro Lucas 24:34; 1 Coríntios 15:5; os dois homens no caminho de Emaús Marcos 16:12; Lucas 24:13-35; os onze discípulos e outros com eles (exceto Tomé – Lucas 24:33-49; João 20:19-24); os doze discípulos, uma semana depois João 20:24-29; 1 Coríntios 15:5; sete discípulos junto do mar de Tiberíades João 21:1-23; quinhentos seguidores 1 Coríntios 15:6; num monte da Galileia, os discípulos novamente Mateus28:16-17; Tiago 1 Coríntios 15:7; e os Seus discípulos, quando ascendeu aos Céus Atos 1:3-12; Estêvão em visão, antes da sua morte Atos 7:55-56; e Paulo, o apóstolo, também por meio de uma visão 1 Coríntios 15:8.

A história à lupa

Milagre do ressurgimento

Sabendo que estavam totalmente destroçados depois da morte do seu Mestre e que achavam, inicialmente, a possibilidade da ressurreição uma história sem sentido ou um delírio Lucas 24:11, o facto do reaparecimento dos seguidores de Jesus como vencedores, corajosos, ousados, dispostos à prisão e até à morte pela sua fé no Cristo vivo e elevado aos Céus, só se explica com a absoluta certeza de que viram Jesus ressurreto e vencedor sobre a morte. Agora, não importava se, por amor a Jesus, tivessem que passar pelo mesmo e morrer, se necessário fosse, pois, tal como o seu Mestre tinha morrido e vencido a morte pela ressurreição, eles venceriam com o Seu poder. É importante considerar que não havia honra nem riqueza alguma na vida de um confesso Cristão. Naquele momento da História, tornar-se Cristão significava ter pela frente um caminho de desprezo, de zombaria, de escárnio, de perseguição, de privações de toda a ordem e quase seguramente de morte 2 Coríntios 11:23-28. Se os discípulos tivessem inventado uma história para assumir a sua identidade ou simplesmente uma prática religiosa, não seria certamente a da ressurreição de Jesus. Uma história que começou por ser, para eles mesmos, um “desvario”. Uma história que, para os Judeus, seria sempre vista como um “engano” e, para os Gregos, um “absurdo” Atos 17:32. Se não fosse uma verdade absoluta e testemunhada por todos, criariam alguma coisa bem mais credível do que a ideia de um morto voltar à vida.

A ressurreição não foi uma crença tardia inventada pelos seguidores de Jesus. Foi ela própria a causa e a razão de existirem seguidores de Jesus, depois da Sua morte. Em caso algum este grupo de homens e mulheres, e depois milhares que creram no seu testemunho, se devotariam e morreriam por algo que nada lhes traria qualquer benefício e que sabiam ser uma mentira inventada por eles. Ainda que seja a escolha mais coerente, razoável, e mesmo verosímil, a ressurreição será sempre um assunto de fé. Apesar dos grandes avanços no mundo da Ciência e da Medicina em particular, temos inevitavelmente de fazer face à morte. Na média atual (2019), morrem todos os dias mais de 150 mil pessoas, mais de 55 milhões cada ano, mas temos a promessa de que, um dia, Deus vai livrar-nos desta “sentença” pesada Apocalipse 21:4. Até lá, a morte é para muitas pessoas um tema quase tabu, em que é melhor não falar nem pensar, talvez por ser o seu maior medo. O que acontece na morte? A Bíblia tem a resposta. A história da morte e da ressurreição de Jesus dá-nos boas pistas, mas, para compreendermos com clareza o que é a morte e a sua realidade na condição do Homem, temos de compreender o que é a vida e como o Homem foi criado. Muitas são as explicações, as alternativas e as filosofias sobre este assunto, mas fixemos o nosso olhar na revelação de Deus na Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

Nas secções seguintes exploraremos a Bíblia juntos, através de uma série de perguntas. Leia os textos bíblicos propostos para encontrar as respostas.

Mais do que uma história

Como criou Deus o Homem?

Leia Génesis 2:7 e escolha a afirmação verdadeira de acordo com o estudo bíblico.

Quando atentamos para o relato da criação do Homem, compreendemos que o Homem não recebeu uma alma que se juntou ao corpo. Foi da junção do “fôlego da vida” soprado pelo Criador com o “pó da terra” que Deus o tornou numa “alma vivente”, ou num “ser vivente”. A designação “alma vivente” não é sinónimo de imortalidade. Qualquer outra criatura ou ser vivente é chamado, na Bíblia, alma vivente Apocalipse 16:3; Génesis 1:30. Do mesmo modo, tão pouco o “fôlego da vida” que Deus soprou no Homem designa imortalidade. Tal como o Homem, qualquer outro animal ou ser vivente tem o mesmo “fôlego da vida”, como dádiva do Criador Génesis 7:21-22. Podemos olhar para estas palavras com mais detalhe: ALMA – A palavra hebraica "Nephesh" é um termo usado no Velho Testamento mais de 750 vezes, e pode ser traduzida de 44 maneiras diferentes, em quatro classes distintas: Criatura, Pessoas, Vidas e Desejos. E mais de 470 vezes traduzida por alma; também é traduzida quase 120 vezes por vida. É traduzida também por pessoa, corpo, morte, vontade, apetite, lascívia, prazer, apetite, morto, cadáver, emoções, mente ou coração, etc.. No Novo Testamento, a palavra grega "psuche" ocorre 105 vezes. Pode ser traduzida por alma, vida, mente, ou até pronomes pessoais. ESPÍRITO – A palavra hebraica "ruach" é um termo usado, no Velho Testamento, mais de 370 vezes, sendo quase sempre traduzido por espírito, vento ou respiração, mas também por vida, fôlego, Espírito de Deus, sede das emoções. No Novo Testamento, a palavra "Pneuma" aparece 220 vezes e pode ser traduzida por vento, respiração, vida, princípio que dá vida física, poder criativo de Deus, vitalidade, coragem, disposição, índole, ira, caráter, humor, atitude, Espírito de Deus. Por entre as muitas definições que possamos dar às palavras gregas e hebraicas, que podem ser traduzidas por alma e espírito (mais de 1600 textos), nenhuma passagem bíblica indica ou afirma que o Homem é ou tem uma alma imortal. Em nenhum lugar foi revelado por Deus que o Homem, ou qualquer animal, vive separado do corpo. Em nenhum texto está escrito que a alma ou o espírito podem separar-se do corpo para viver conscientes noutro reino, no Céu ou em qualquer lugar, nem que a alma ou o espírito estejam vivos sob qualquer forma entre a morte e a ressurreição. Deus criou-nos do pó da terra, da matéria inerte, soprou em nós o Seu fôlego de vida e tornámo-nos almas viventes. Seres completos que dependem do seu Criador para respirar e viver.

Mais do que uma história

Na morte há alguma diferença entre a realidade dos animais e a do ser humano, justo ou injusto?

Leia Eclesiastes 3:17-21 e preencha os espaços.

“Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo intento e para toda obra. Disse eu no meu coração: é por causa dos lhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os . Porque o que sucede aos lhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre , assim morre o , todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó . Quem adverte que o fôlego dos lhos dos homens sobe para cima e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra?”
As palavras do sábio Salomão são inspiradas e cheias de ensino proveitoso para os que as leem. A Bíblia ensina que, ao contrário do resto da Criação, o Homem foi criado à Sua imagem e foi-lhe oferecida a possibilidade de vida eterna e de imortalidade em Jesus Cristo João 3:16. Na morte, no entanto, a Bíblia é clara: o Homem (justo ou ímpio) não tem nenhuma vantagem sobre os animais, pois o que acontece a um, acontece ao outro. Na morte, voltamos ao pó, de onde fomos criados, e não subimos para Deus no momento em que perdemos o fôlego da vida. O espírito ou o fôlego que nos é dado não é outra coisa senão a vida que Deus colocou no Homem ao criá-lo Job 33:4; Job 34:14-15; Isaías 42:5; Job 27:3. Esta vida pertence a Deus, como força que anima todos os seres vivos, e, por isso, na morte, deixa tão naturalmente de nos ser concedida. O fôlego da vida não é portanto uma força pessoal, mas o resultado da ação soberana de Deus enquanto Doador da vida. Na morte, ocorre o processo inverso ao que teve lugar na Criação. O corpo volta à terra de onde veio e o sopro de vida (espírito) volta para Deus, o Doador da vida Eclesiastes 12:7. Quando isto acontece, o ser vivo, a pessoa ou a alma vivente, deixam de existir, de pensar, de amar... até que o Criador os traga de novo à vida no dia da ressurreição e anime novamente aquele ser, tal como a Bíblia declara 1 Coríntios 15:51-54.

Mais do que uma história

O Homem tem algo de imortal nele?

Leia Génesis 3:22-24 e preencha os espaços.

“Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da , e coma, e viva , o SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada in amada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.”
Se o Homem fosse de alguma forma imortal, nada mais acrescentaria à sua natureza o facto de comer da árvore da vida. Depois do pecado, o Senhor proibiu ao Homem o acesso à árvore da vida, porque ele não é imortal. Ainda que criado para viver eternamente, essa dádiva foi perdida ao afastar-se do Doador da vida. A Bíblia ensina que a “alma que pecar essa morrerá” Ezequiel 18:4, Ezequiel 18:20, revelando assim que nada no Homem é imortal.

Mais do que uma história

Quem unicamente é imortal?

Leia 1 Timóteo 1:17; 1 Timóteo 6:15-16 e preencha os espaços.

“Ora, ao dos séculos, , invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!”
“A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, ele só, a e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!”
Deus é o único que tem a imortalidade. A morte não tem poder sobre o Autor da vida. Logo, de maneira coerente e lógica, o Homem é apresentado na Bíblia como um ser mortal Salmos 8:4. É por isso que, na morte, não há diferença entre o justo e o ímpio, ninguém vai para o Céu ou para qualquer outro lugar, porque isso significaria imortalidade e a morte seria, assim, como muitos afirmam, uma passagem. Não é esse o ensino da Bíblia. Deus é, Ele só, imortal e digno de glória eternamente.

Mais do que uma história

Onde nos mantemos enquanto aguardamos na morte a manifestação de Deus?

Leia Isaías 26:19 e preencha os espaços.

“Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no , porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os .”
Contrariamente ao que tradicionalmente tantos crentes acreditam, ou lhes foi ensinado, a Bíblia não podia ser mais clara: os mortos esperam no pó, na sepultura, a recompensa das suas obras. Job, que lidou com a eminência da morte, fala de “aguardar na sepultura” Job 17:13. Usa expressões como “Não se levanta”, não é “despertado do seu sono”, enquanto “existirem céus não acordará” Job 14:12. Ele não disse estas coisas por ser um homem sem esperança, sem conhecimento ou porque apostatou da sua fé. Ele afirmou-as com segurança, porque conhecia e mantinha-se na verdade que o Senhor lhe revelava. Corajosamente afirmava: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por m se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão; e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim” Job 19:25-27. Ele sabia e afirmou, como tantos outros homens e mulheres da Escritura, que não possuía outra esperança que não a da ressurreição, e que, depois de morto, aguardaria, no pó da terra, esse magnífico acontecimento.

Mais do que uma história

Se os mortos aguardam no pó da terra, como chama então a Bíblia, e o próprio Jesus, à morte?

Leia João 11:11-14 e preencha os espaços.

“Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do . Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isso da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está .”
Expressões como “acordar”, “dormir”, ou “sono”, são constantemente associadas à morte Efésios 5:14; Deuteronómio 31:16; 2 Samuel 7:12; 1 Reis 2:10; Atos 13:36; 2 Pedro 3:4; Mateus 27:52; Job 14:12; Mateus 27:52; Lucas 8:49-52. A morte é um sono do qual todos os homens vão despertar.

Mais do que uma história

Que condição possui o Homem no sono da morte?

Leia Eclesiastes 9:5-6 e Eclesiastes 9:10 e preencha os espaços.

“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa , nem tampouco eles têm jamais , mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (...) “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem alguma.”
A morte é apresentada na Bíblia como um sono, porque: 1. Os mortos ficam totalmente inconscientes da realidade que os rodeia Eclesiastes 9:5; Job 14:21. 2. Os pensamentos, os propósitos, as vontades e as intenções dos mortos cessam totalmente Salmos 146:4. 3. Todas as atividades, obras, todos os projetos, conhecimento ou sabedoria desaparecem Eclesiastes 9:10. 4. Não há qualquer ligação com os vivos e o seu mundo Eclesiastes 9:6. 5. Não sentem qualquer emoção ou sentimento Eclesiastes 9:6. 6. Não louvam Salmos 6:5; 115:17. 7. Não se lembram de Deus Salmos 6:5. 8. Não vão a nenhum lugar, ficam na sepultura Atos 2:29, Atos 2:34. 9.Todos acordarão do seu sono João 5:28-29.

Mais do que uma história

Quem é o autor da ideia da imortalidade da alma?

Leia Génesis 3:4; Apocalipse 12:9 e preencha os espaços.

“Então, a disse à mulher: Certamente não .”
“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o e , que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”
Deus advertiu Adão e Eva de que, se pecassem, “certamente” morreriam Génesis 2:17. Satanás, o inimigo e pai da mentira, assegurou-lhes o contrário: “É certo que não morrereis” Génesis 3:4. Desde o princípio ficou clara a origem do conceito e da crença na imortalidade do Homem. É uma ideia mentirosa, que engana e atrai facilmente o ser humano e que tem consequências dramáticas. Mesmo se Deus reafirmou a verdade da morte ao dizer, depois do pecado: retornarás “à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” Génesis 3:19, este tem sido, desde então, um dos maiores enganos de Satanás. Não é surpresa, portanto, que o Senhor tenha, desde sempre, instruído o Seu povo a olhar como abominação toda a forma de contacto ou consulta aos mortos Deuteronómio 18:9-12; Levítico 19:31; Levítico 20:6, Levítico 20:27; 2 Reis 21:6; 2 Reis 23:24-25. Os mortos não sabem nada, não têm ligação com este mundo, não falam, não veem. Se desejarmos saber algo sobre o que acontece na morte, é a Deus que devemos recorrer 1 Crónicas 10:13-14; Isaías 8:19-20. Podemos estar seguros de que não é Deus, nem os Seus anjos, nem os entes queridos já falecidos, que respondem e contactam com aqueles que vão em busca dessas ligações. Nenhuma entidade do bem e firmada na verdade nos responderá por esse meio ou com recurso a médiuns e a outras formas de suposto contacto com os mortos. São espíritos de demónios, espíritos enganadores, que, debaixo da autoridade de Satanás, têm prazer em nos iludir 1 Timóteo 4:1; Apocalipse 16:14. Ao misturarem alguma revelação verdadeira com o erro, conseguem maior eficácia em enganar e levar à perdição as pessoas que usam esses recursos. Desde o Éden a crença na imortalidade da alma é o campo de ação do inimigo de Deus e dos Seus filhos. O que cremos sobre o que acontece na morte é importante. Somente pelo conhecimento da verdade, podemos ter o conforto da justiça de Deus, que recompensará cada um de acordo com as suas escolhas. A crença na imortalidade do Homem enfraquece a dádiva da salvação em Cristo e desconsidera a magnífica história da ressurreição de Jesus. Esta história pode mudar a nossa vida e a nossa perspetiva do futuro e da eternidade.

Mais do que uma história

Sabendo que somos mortais, que esperança podemos ter ao enfrentarmos a morte?

Leia 1 Tessalonicenses 4:13-18 e preencha os espaços.

“Não quero, porém, irmãos, que sejais acerca dos que já dormem, para que não vos , como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão ; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”
O Senhor não deseja que sejamos ignorantes em nenhuma das Suas verdades. É Cristo, na Sua vinda, que trará à vida todos os que dormem na morte, através da ressurreição Isaías 26:19; Filipenses 3:20-21. Só então e não antes Lucas 14:14. Ao som da última trombeta, os mortos justos ressuscitarão. Verão o seu corpo corruptível tornar-se incorruptível; o que era mortal revestir-se da imortalidade 1 Coríntios 15:51-54. Não há recompensa, céu ou inferno, no momento da nossa morte! Não reencarnamos vezes sem conta na busca da purificação. Não ficamos num “purgatório” de forma transitória. Todo o homem morrerá uma vez, e aguardará depois disso o juízo de Deus Hebreus 9:27. É Cristo, na Sua Segunda Vinda, que trará recompensa a cada um de acordo com as suas obras Mateus 16:27; Apocalipse 22:12; Isaías 40:10; Isaías 62:11. Esta verdade enche o nosso coração de esperança e retira a angústia do que acontece quando morremos.

Mais do que uma história

Que conforto nos concede a Bíblia contra o horror do inferno?

Leia Apocalipse 20:14-15 e preencha os espaços.

“Então, a morte e o foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da , esse foi lançado para dentro do lago de .”
A palavra “inferno” tem a sua origem na palavra latina, antes do Cristianismo, “inferus”, que significava “lugares baixos”. A palavra modificou-se e transformou-se em “infernus”. Na Bíblia, Velho e Novo Testamentos têm várias palavras para descrever a mesma realidade e que podem ser traduzidas de diferentes formas. Como o termo inferno dificilmente traduz corretamente a ideia destas palavras, algumas traduções bíblicas têm mantido as palavras originais, transliterando apenas a sua grafia. Na cultura popular e na tradição cristã histórica, o inferno tem sido descrito como um lugar literal de sofrimento, tormento permanente, iluminado pelo fogo destruidor. Olhemos entretanto os termos bíblicos: – Sheol – Incompatível com a ideia tradicional já descrita, a palavra Sheol refere-se ao lugar onde os ossos (e não os espíritos) são colocados Salmos 141:7, um lugar de silêncio e não de gritos de dor Salmos 94:17; Salmos 115:17, um lugar de descanso e repouso e não de tormento Job 3:11, Job 3:13, Job 3:17. – Hades – Etimologicamente, contração dos termos não+ver, é um lugar de escuridão, onde não se vê Salmos 88:10-12; Job 10:21-22. Traduz, normalmente, a ideia de sepultura, e, tal como Sheol, designa acima de tudo um lugar temporário, onde bons e maus esperam pela ressurreição. – Tártaro – Um termo que não contém nenhuma ideia de fogo ou tormento, designando sobretudo o conceito de encarceramento e juízo futuro 2 Pedro 2:4. – Geena – De todas as passagens traduzidas por inferno, só em 12 delas o termo se refere a um local a arder. Trata-se de uma referência etimológica a Ge Hinnom ou seja, o Vale de Hinom ou Vale do Filho de Hinom. Neste vale, povos pagãos e algumas vezes o próprio Israel, em total rebeldia contra a vontade de Deus e numa prática idólatra, queimaram os seus próprios lhos 2 Crónicas 28:3; 2 Reis 16:3; Levítico 18:21 e Deuteronómio 18:10. Quando essa prática foi erradicada, tornou-se num local de depósito e incineração do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Alguns cadáveres (e não almas ou espíritos) encontrados na rua e por enterrar podiam ser lançados e incinerados. O fogo ardia constantemente, mas, numa primeira fase, nem sempre os cadáveres caíam num local onde havia fogo ativo e os vermes apareciam nos cadáveres. O fogo era avivado e fortalecido por enxofre, e foi assim que se tornou numa imagem do que irá acontecer no lago do fogo, referido nas Escrituras, onde serão destruídos os ímpios, o próprio Satanás e os seus anjos. Podemos, por isso, entender que este lago do fogo não existe hoje nem ninguém está ali a ser julgado ou punido. Ele será uma realidade depois do julgamento final Apocalipse 21:1-8. A ideia de um fogo do inferno que atormenta eternamente os ímpios após a sua morte é uma construção com base em tradições e interpretações humanas, e não um ensino bíblico. A penalidade do pecado é a morte eterna e não o tormento eterno Romanos 6:23.

Mais do que uma história

Então, não há risco de um ente querido se encontrar hoje no “fogo eterno”, no “fogo que nunca se apaga” ou “que arde para sempre”?

Leia Judas 1:7; Mateus 11:24 e preencha os espaços.

“Assim como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se como aqueles e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo .”
“Porém eu vos digo que haverá menos para os de Sodoma, no Dia do , do que para ti.”
Ninguém se encontra hoje a sofrer no fogo eterno. Ainda que isso possa parecer-nos estranho nas nossas língua e cultura, biblicamente os termos “eterno” e “todo o sempre” não significam que nunca terão m. A duração do tempo envolvido depende da natureza da pessoa ou do objeto a que a expressão é aplicada. Nas línguas da Bíblia, quando os adjetivos ôlâm ou aionios, traduzidos como “para sempre”, “eterno”, “perpétuo”, etc., são aplicados a coisas ou a realidades deste mundo, significam, com frequência, apenas o tempo que elas duram. Temos muitos exemplos em textos como: Êxodo 12:24; Êxodo 21:6; Êxodo 29:9; Êxodo 40:15; Deuteronómio 15:17; 1 Samuel 1:22, 1 Samuel 1:28; Jonas 2:6; 1 Reis 8:13; 2 Reis 5:27; 1 Crónicas 23:13; 1 Crónicas 28:4; Apocalipse 20:9-10. Um exemplo muito claro é a destruição pelo fogo das cidades de Sodoma e Gomorra. A Bíblia diz que foram postas como exemplo de “fogo eterno”, mas, quando o facto aconteceu, o fogo apagou-se, caso contrário ainda teria que estar a arder. Jesus comprovou esta verdade quando afirmou que os habitantes de Sodoma serão julgados com rigor no Dia do Juízo, ou seja, ainda não foram julgados. Compreendemos, portanto, que a expressão “fogo eterno”, na linguagem bíblica, não designa a duração física do fogo, mas as consequências e o resultado eternos. A doutrina do inferno eterno não é bíblica. Foi originada na mente do diabo para denegrir o caráter e a justiça de Deus. Deus é amor e justiça 1 João 4:8; Salmos 71:19. Não tem prazer na morte do perverso Ezequiel 18:23, Ezequiel 18:32, quanto mais fazê-lo sofrer pela eternidade. É o pecado que Deus deseja aniquilar definitivamente. Infelizmente, aqueles que a Bíblia designa como ímpios são os que vivem na prática do pecado por sua livre escolha e isso trará a sua destruição. Esse juízo, contudo, Deus fá-lo-á com justiça, no futuro, e não quando morremos num suposto inferno de maneira desproporcional Atos 17:31; Mateus 16:27. Depois do juízo final de Deus, podemos ter uma certeza: não mais haverá “morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” Apocalipse 21:4.

"A história na minha vida

Como sabemos que a morte é um inimigo vencido e que não precisamos de a temer? (Leia João 11:14, João 11:39-40, João 11:43-44)

“Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” “Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” “E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.”

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O que acontece quando morremos? A morte é o momento do encontro com Deus? Reencarnamos, ou na morte tudo acaba? Descubra as respostas nesta lição.

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