Uma Palavra Amiga

Aprendendo com o A

21 de Janeiro
Portanto, aquele que se tornar humilde, como este menino, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe. Mateus 18:4 e 5
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O A. é como uma criança, apesar de, há muitos anos, ter abandonado a sua infância biológica. Raciocina como uma criança e age como uma criança. Todos, ao seu redor, o tratam tão bem que não creio que alguma vez descubra que, em vários aspetos, é diferente de outros da sua idade.

Trabalha todas as manhãs e tem uma vida muito metódica, ordenada, simples e aparentemente satisfatória. Sorri muito, e as pessoas veem-no muito mais sereno e feliz do que a maioria daqueles que têm a bênção de o conhecer.

O A. sente prazer em ajudar os outros. Duas ou três vezes por semana colabora com uma equipa da ADRA, recolhendo alimentos dos grandes armazéns e repartindo-os entre as famílias necessitadas da cidade. Põe o coração em tudo o que faz, e costuma fazê-lo sempre bem.

O seu coração é puro, inocente e sensível. Condói-se do sofrimento alheio e deseja que Jesus volte para que ninguém tenha de sofrer. Carece de qualquer forma de orgulho. As aparências preocupam-no muito pouco. É sempre transparente e sincero. Confia sempre em Deus.

Livre das complexidades dos nossos raciocínios intelectuais, quando vai a Cristo fá-lo como uma criança. Creio que conhece Deus melhor do que muitas pessoas e tem um relacionamento com Ele que nós, que somos mais cerebrais, temos dificuldade em alcançar.

Nos meus momentos de dúvidas e de luta, invejo a paz e a fé de A.. Tenho de admitir que está mais próximo de Deus do que eu, por vezes, vejo em mim mesmo. E então compreendo que quem está, no fundo, menos capacitado, não é o A., mas sou eu.

As minhas obrigações, os meus temores, as minhas circunstâncias, não são, por acaso, incapacidades para confiar, como o A., no cuidado divino? Não será que o A. aprendeu coisas muito elementares, mas muito importantes, que eu ainda não consegui aprender?

Um dia, quando os mistérios desta vida nos forem revelados e compreendamos por fim a vida que Deus desejava para nós, sem dúvida entenderemos o que Jesus queria ensinar-nos quando disse que se não voltássemos a ser como meninos (como o A.?) não entraríamos no reino dos céus.

Senhor, hoje desejo que me ensines a ser como uma criança, porque desejo estar com o A. no teu reino.