Em Genesaré, e por onde quer que vá, Jesus irradia vida. E aqueles que se aproximam d’Ele buscando alívio para os seus males (Mateus 14:35), não tardam em receber bênçãos. Nesta ocasião, as pessoas querem estar tão perto de Jesus, para ouvirem as Suas palavras e receberem a Sua atenção, que se agarram ao Seu manto como fonte de saúde. Mas é o poder vital de Deus, posto em ação pelo amor de Jesus, e não o poder mágico do Seu manto, o que as cura e as faz sentirem-se aceites e salvas.
Curiosamente, em hebreu a palavra “doença” (mahala) vem de uma raiz que evoca a noção de “cerco”, de uma cerca que encerra e aprisiona. Curar ou restabelecer-se significa, literalmente, “sair do cerco, sair do confinamento, sair da dificuldade”.
É livrar-se da prisão de um corpo maltratado, de uma mente alterada ou de uma doença tirana. E a obra curadora de Jesus era uma obra global, que afetava todo o ser, e não só o corpo, pois também levava saúde à mente e ao espírito.
Por isso, no texto original (Marcos 6:56), para dizer que os doentes “ficavam curados” diz, na realidade, que “eram salvos”. Na língua usada pelos evangelistas, curar ou salvar significa literalmente ‘tirar para fora’, ‘resgatar’, libertar e tem a mesma raiz que tem o nome de Jesus: “aquele que salva.”
Hoje também, aquilo de que muitos doentes precisam é de se aproximarem de Jesus e tocar o Seu manto curador, o Seu manto de justiça. Ao nos pormos em contacto com Ele, ao entrarmos em sintonia com o poder criador do cosmos, a força vital invisível que procede do Céu e que nos alcança, de alguma maneira. Quando nos abrimos a ela, essa fonte de saúde e de vida que está além do aqui e do agora começa a transformar a nossa realidade.
E assim, como os doentes curados em Genesaré, desfrutamos já de um antegozada saúde e da salvação com as quais o Criador deseja, um dia, refazer a nossa vida definitivamente.
Obrigado, Senhor, pela saúde plena que vais começar a dar-me já hoje.