Uma Palavra Amiga

Porque espera Jesus

13 de Dezembro
Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão. II Pedro 3:8-10
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"Certamente cedo venho” (Apoc. 22:20). Encontramos as últimas palavras de Jesus na Bíblia repetidas três vezes em Apocalipse 22. Quando eu chegar ao Céu, vou querer perguntar-Lhe o que é que Ele queria dizer com isso. Afinal, já se passaram mais de 2000 anos. E, por muito pacientes que sejamos, dificilmente se pode chamar a isto cedo.

Pedro, um homem nem sempre conhecido pela sua paciência, pode ter, ele próprio, feito a mesma pergunta. Eu não sei em que é que ele estava a pensar, mas sei que, de facto, ele nos proporcionou uma resposta inspirada.

Ele trata do tema em dois níveis. O primeiro é que Deus não tem o mesmo nível de impaciência que têm os seres humanos. Na verdade, Ele nem sequer considera o tempo como nós. A nossa vida pessoal é limitada pelo nascimento e pela morte. Pelo meio podemos ter 60, ou 70, ou mesmo 100 anos. No entanto, quando a morte chega esgota-se o tempo para nós. Estamos muito conscientes do tempo e da sua brevidade. À medida que vou ficando mais velho, dou comigo a ter um maior interesse em obituários. A minha consciência do tempo que me resta torna-se mais apurada com cada década que passa.

Mas como seria, se eu existisse desde a eternidade no passado até à eternidade no futuro? O tempo adquiriria um novo significado. Assim se passa com Deus. O pânico do tempo dos seres humanos não O leva a esquecer o Seu propósito final na Terra.

E esse propósito é a segunda resposta que Pedro tem para a demora de Deus em regressar. Isto é, Deus consente que o tempo se prolongue porque deseja dar a tantas pessoas quantas for possível a oportunidade de se arrependerem e de entrarem no Seu reino. Deste ponto de vista, a demora em si mesma é um ato de misericórdia.

Contudo, o fim chegará, e quando chegar vai acontecer de forma espetacular com ruídos estrondosos e fogo e eventos que sacudirão a Terra.

No entanto, o Segundo Advento propriamente dito vai chegar como um ladrão a um mundo escarnecedor embalado pelos seus divertimentos. E temos aqui um outro significado possível para as últimas palavras de Cristo nas Escrituras. A palavra grega usada para “cedo” também significa **“depressa”. Quando o relógio do Céu assinalar o fim do tempo, Jesus virá rapidamente nas nuvens e os assuntos da Terra desenrolar-se-ão rapidamente tanto para os escarnecedores como para os crentes.