Uma Palavra Amiga

Orar por outros

18 de Fevereiro
E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará. Mateus 8:5-8
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Um centurião das forças romanas que ocupavam a Palestina naquele momento, estava preocupado com o grave estado de saúde de um dos seus servos. A palavra doulos, usada por Lucas na passagem paralela (Lucas 7:7), significa, geralmente, “escravo”. Esta sensibilidade de um militar para com um simples escravo doente, alguém considerado, na sociedade em que vivia, quase como um objeto, chama a atenção de Jesus: este oficial de um exército famoso pela sua prepotência, habituado a exigir, obrigar e forçar, não só não pede nada para si mesmo, mas mobiliza-se para interceder por outro.

Além disso, este homem pagão, que não se considera, em absoluto, digno desse favor, confia plenamente na magnanimidade de Jesus e no poder do Seu Deus sobre a vida e a morte. Também crê que o Senhor da vida reina não só sobre toda a Humanidade, mas também sobre as forças do Universo. Por isso intui que, nem o tempo nem o espaço limitam o Seu poder: crê firmemente que Jesus não necessita de Se deslocar até ao leito do doente e que uma única palavra Sua basta, para que o seu servo fique são de imediato. Jesus fica espantado com a fé do militar. E responde com toda a solicitude ao seu altruísta pedido (Lucas 7:1-10).

O romano vive numa sociedade que, como muitas outras, faz importantes distinções entre pessoas, segundo a sua categoria social ou o seu nível de autoridade. Mas o amor de Jesus ignora essas distinções. Ensina que Deus acolhe todos os que vão a Ele, sejam membros importantes do poder ou gente do povo, senhores ou escravos, militares de renome ou humildes desconhecidos.

O amor divino não tem em conta nem a nacionalidade, nem a classe social, nem a condição, nem a religião da pessoa. Porque, se o sofrimento atinge a todos ao acaso, a graça divina ainda tem menos em conta os nossos preconceitos humanos.

Senhor, que nas minhas orações de intercessão por outros, doentes ou sãos, me inspire hoje este belo exemplo que nos deste e consiga andar nos Teus passos.